O presidente dos EUA decidiu adiar as tarifas de importação, com o novo prazo estabelecido para 1º de agosto. No entanto, junto com essa declaração, Donald Trump ameaçou muitos países com tarifas de 25% caso conseguissem concluir um acordo com os Estados Unidos.

Dados recentes do mercado de trabalho dos EUA deram suporte ao dólar americano e trouxeram de volta um sentimento positivo ao mercado, já que o Fed ainda pode manter sua abordagem de esperar para ver e não tomar medidas agressivas de corte de juros. Além disso, os riscos crescentes de inflação também sustentam a moeda americana.

No entanto, o crescimento do dólar americano é limitado por vários fatores. Primeiro, Donald Trump ameaçou aumentar ainda mais as tarifas caso os países decidam adotar medidas retaliatórias. Vimos o mesmo acontecer com a China, quando Trump impôs tarifas de 145% e as retirou após negociações bem-sucedidas.

Segundo, embora o Fed não esteja com pressa para cortar os juros, terá que flexibilizar sua política monetária ainda este ano, o que exerce pressão sobre a moeda americana. Anteriormente, esperava-se que o Fed cortasse os juros em setembro e durante uma das reuniões finais de 2025. Atualmente, os participantes do mercado ainda esperam que o banco central entre em ação em setembro. No entanto, ainda há dúvidas em relação ao segundo corte de juros ainda este ano.

EUR/USD: Esperanças de Acordo entre EUA e UE Sustentam o Par de Moedas

As negociações entre os EUA e a UE continuam, e o acordo pode ser anunciado na quarta-feira. Isso sustenta o clima positivo e ajuda o euro a superar o dólar no curto prazo. No entanto, o receio de que não haja acordo paira sobre os mercados financeiros, pressionando o par de moedas.

O principal evento para o dólar será a reunião do FOMC desta semana. Se os dirigentes do Fed mantiverem sua retórica cautelosa, a moeda americana pode recuperar suporte e subir.

Da perspectiva técnica, o par de moedas permanece acima da SMA 50, o que é um bom sinal para os compradores. Posições compradas serão preferíveis acima de 1,1850. No lado negativo, os vendedores podem entrar em ação se o EUR/USD romper abaixo da SMA 50. Ordens de venda podem ser colocadas abaixo de 1,1400.

GBP/USD: Libra sob Pressão em Meio a Tarifas e Riscos Fiscais

A administração Trump anunciou novas tarifas de 25% sobre muitos países. Em relação ao Reino Unido, ainda não há um acordo entre os dois países, o que coloca pressão sobre a libra. Embora ainda haja tempo antes do novo prazo (as tarifas entrarão em vigor após 1º de agosto), os participantes do mercado têm dúvidas quanto ao sucesso das negociações.

Um fator adicional de pressão são os temores crescentes sobre os riscos fiscais no Reino Unido. A probabilidade de um aumento de impostos no outono derrubou a moeda britânica. Portanto, o Banco da Inglaterra pode cortar as taxas de juros novamente ainda este ano.

Do ponto de vista técnico, o par de moedas está sendo negociado abaixo da SMA 50, destacando a pressão dos vendedores. Com as notícias recentes dos EUA e do Reino Unido, a libra pode continuar sua queda, e posições vendidas serão preferíveis em 1,3560 nesse caso. Quanto às posições compradas, os traders podem considerá-las acima de 1,3650.

WTI: Petróleo sob Pressão

Embora os preços do petróleo ainda tentem subir, o sentimento global está se voltando para a baixa, o que colocará pressão sobre o WTI num futuro próximo. As principais razões para essa possível tendência de queda estão na desaceleração no Oriente Médio, nos riscos de uma desaceleração econômica global, e também na recente decisão da OPEP+ de revisar a produção para agosto.

A situação no Oriente Médio está se tornando mais tranquila, embora ainda ocorram alguns conflitos. No entanto, os riscos globais de interrupções na cadeia de suprimentos estão nos níveis mais baixos desde o início do conflito entre Irã e Israel.

As novas tarifas de Trump podem afetar ainda mais a economia global, o que, por sua vez, levará a uma desaceleração e reduzirá a demanda de forma ainda mais severa. Por fim, mas não menos importante, a OPEP+ decidiu aumentar a produção para agosto em 548.000 barris por dia, em comparação com os 411.000 barris por dia esperados anteriormente. Todos esses fatores, juntos, exercerão pressão sobre o WTI no futuro próximo.

Da perspectiva técnica, o WTI permanece acima da SMA 50, com tentativas de romper acima de 67,50. Se o petróleo conseguir ultrapassar esse nível, ordens de compra serão preferíveis. No lado negativo, a SMA 50 atua como um suporte dinâmico, e os traders podem posicionar ordens de venda abaixo de 66,00.

BTC/USD: Incerteza Predominante

O Bitcoin está sendo negociado de forma lateralizada em meio à incerteza global. As tarifas da administração dos EUA colocam pressão sobre a criptomoeda, já que uma desaceleração global pode retirar fundos desse setor. Quanto aos fatores de suporte, eles atualmente não são eficazes o suficiente para impulsionar o Bitcoin.

Do ponto de vista técnico, o Bitcoin está sendo negociado ligeiramente acima da SMA 50, o que significa que os compradores estão tentando retomar o controle. Posições compradas serão preferíveis acima de 110.000. Quanto ao lado negativo, os traders podem posicionar ordens de venda abaixo de 107.000.