A União Europeia concluiu um acordo com os Estados Unidos, o que significa que as guerras comerciais entre as duas partes chegaram ao fim. Pelo menos por agora. No acordo, as tarifas de 15% serão impostas sobre todos os produtos vindos da União Europeia para os Estados Unidos. Anteriormente, o chefe da Casa Branca havia anunciado tarifas de 30% sobre produtos da UE caso o acordo não fosse alcançado.

O próximo evento importante desta semana é a reunião do FOMC. Os participantes do mercado não esperam que o Fed tome qualquer medida. Portanto, eles vão focar na coletiva de imprensa após a reunião para buscar pistas que os ajudem a entender quando o Federal Reserve provavelmente reduzirá as taxas de juros em 2025.

Era esperado que Jerome Powell e sua equipe fizessem o primeiro corte em setembro. No entanto, dados econômicos recentes dos EUA deixam mais espaço para o Fed manter a abordagem de esperar para ver.

EUR/USD: Acordo Pressiona o Euro

A reação do par de moedas ao acordo entre os EUA e a UE não era esperada, já que os participantes do mercado consideraram o acordo como mais um ponto de apoio para o Euro que ajudaria o par a subir.

No entanto, as condições do acordo estão longe de serem ideais para a Zona do Euro. As tarifas de 15% vão atingir o setor industrial europeu, que provavelmente não será tão competitivo como antes no mercado dos EUA. Além disso, nenhuma medida retaliatória será tomada pela União Europeia, e os produtos dos EUA terão mais acesso aos mercados locais.

O acordo está sendo amplamente criticado por líderes europeus, que o classificam como uma “submissão”. Tanto Paris quanto Berlim alertaram sobre os danos substanciais que ele pode causar à economia europeia.

Do ponto de vista técnico, o EUR/USD permanece abaixo da SMA 50, o que significa que os vendedores dominam o mercado. O indicador RSI está saindo da zona de sobrevenda, o que indica que uma correção de alta está em andamento. Os traders podem vender abaixo de 1,1530, com alvo entre 1,1450 a 1,1460. Quanto ao movimento de alta, se o par de moedas romper acima de 1,1600, o alvo pode ficar entre 1,1680 a 1,1700.

GBP/USD: Dólar Superando a Libra

As últimas notícias sobre o acordo comercial entre os EUA e a UE dão suporte ao dólar americano, que está superando seus principais pares, incluindo a Libra Esterlina. Além disso, a GBP está sob pressão devido ao esfriamento do mercado de trabalho e à pressão inflacionária, o que dificulta a atuação do Banco da Inglaterra. Os dirigentes do banco central provavelmente tentarão equilibrar as decisões na próxima semana durante o anúncio da política monetária.

A crescente pressão inflacionária já afetou o poder de compra das famílias. Se a situação continuar a se desenvolver nessa direção, o BoE provavelmente cortará as taxas de juros novamente este ano, o que pressiona a Libra no momento. Além disso, o dólar dos EUA está sendo sustentado pela política atual do Fed e pelas expectativas de que o banco central manterá sua política restritiva por mais tempo.

Gráfico por hora do GBP/USD

O par de moedas está sendo negociado abaixo da SMA 50, confirmando a pressão de venda. O RSI acabou de sair da zona de sobrevenda, o que indica que a correção de alta está quase no fim. Os traders podem vender o par abaixo de 1,3320, com alvo entre 1,3250 a 1,3230. No cenário de alta, os compradores podem abrir operações em 1,3360 com alvo entre 1,3430 a 1,3450.

XAU/USD: Ouro Permanece Sob Pressão em Meio à Queda nas Tensões Comerciais

Sendo um ativo de refúgio, o ouro não está em alta demanda no momento, já que o acordo entre os EUA e a UE foi alcançado e as negociações entre os EUA e a China continuarão na terça-feira. O dólar americano teve um movimento significativo de alta frente a seus principais pares na segunda e terça-feira. Além disso, os participantes do mercado agora estão focados na próxima reunião do Fed, onde os representantes dos bancos centrais provavelmente não tomarão nenhuma medida novamente.

Além disso, os participantes do mercado reduziram suas expectativas quanto a um corte de juros em setembro, que anteriormente era amplamente esperado. Os dados mais recentes dos EUA mostram que a economia do país está em boa forma, oferecendo mais margem de manobra ao Fed e permitindo que o banco central mantenha sua abordagem de esperar para ver, mesmo diante da pressão da administração da Casa Branca e do Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, que pressionam Jerome Powell a cortar as taxas o quanto antes.

Do ponto de vista técnico, o ouro está sendo negociado abaixo da SMA 50, o que significa que os vendedores estão dominando o mercado. Posições vendidas serão preferíveis a partir de 3.300, com alvo entre 3.260 a 3.240. No cenário de alta, posições compradas podem ser abertas a partir de 3.330, com alvo entre 3.380 a 3.400.

WTI: Petróleo é Sustentado por Acordos Comerciais

O petróleo bruto conseguiu subir nesta semana, sustentado pelo acordo comercial bem-sucedido entre os EUA e a UE e pelas negociações em andamento entre os EUA e a China. No entanto, a próxima reunião do FOMC exerce pressão sobre as cotações, impedindo que o ativo avance mais.

Espera-se que o Fed mantenha a taxa de juros básica entre 4,25% e 4,50%. Os participantes do mercado esperam que os membros do FOMC forneçam pistas sobre a possibilidade de um corte de juros em setembro. No entanto, atualmente, as expectativas são de apenas 50%.

O petróleo WTI está sendo negociado acima da SMA 50, confirmando a dominância dos compradores no mercado. Posições compradas serão preferíveis acima de 67,00, com alvo entre 67,70 a 67,80. No cenário de baixa, os vendedores podem entrar em ação abaixo de 66,20, com alvo entre 65,50 a 65,30.