O Fed reduziu as taxas de juros em 50 pontos base durante a reunião que ocorreu em setembro de 2024. No entanto, isso é apenas o início de um ciclo monetário expansionista esperado pela maioria dos economistas, investidores e traders. Haverá várias rodadas de cortes nas taxas de juros pela frente, e é apenas uma questão de tempo. Nesta semana, os dados de emprego dos EUA provavelmente darão indícios sobre as próximas decisões do FOMC.

A próxima reunião do banco central acontecerá em novembro de 2024. Portanto, o foco mudou do que já foi feito para o que se espera. Os dados de setembro sobre o mercado de trabalho nos EUA devem mostrar um mercado saudável, mas em desaceleração. Segundo as previsões, a folha de pagamento deve atingir 146.000, um valor semelhante ao observado em agosto.

Atualmente, as folhas de pagamento dos EUA estão próximas de suas leituras mais fracas desde meados de 2019. A taxa de desemprego deve se manter em 4,2%, enquanto os ganhos médios por hora devem atingir 3,8% em relação ao ano anterior.

A recente instabilidade no mercado de trabalho sugere que o relatório de sexta-feira será a última leitura clara antes de os formuladores de políticas se reunirem em novembro. Além dos dados da folha de pagamento, que atrairão a atenção de traders e investidores nesta semana, também vale a pena observar os dados de vagas de emprego. De acordo com as previsões, as leituras provavelmente estarão próximas do nível mais baixo desde o início de 2021.

O Fed Vai Fazer Outro Corte de 50 Pontos Base?

A próxima reunião do Federal Reserve em novembro é um dos principais temas discutidos atualmente por economistas e traders. Segundo os últimos comentários do Fed, o banco central está preparado para realizar mais um corte de 50 pontos base este ano. Além disso, alguns rumores dizem que o FOMC pode ir ainda mais longe e fazer um corte de 75 pontos base neste ano. Atualmente, 50% dos participantes do mercado e economistas esperam um corte duplo consecutivo em novembro.

Com tudo isso em vista, Christopher Waller e Neel Kashkari estão votando por uma redução mais lenta. Enquanto o dólar americano está atualmente em uma fase de consolidação, há riscos de alta se os próximos dados favorecerem cortes mais moderados este ano. Nesta semana, os participantes do mercado terão a oportunidade de ouvir comentários de muitos membros do FOMC, incluindo Jerome Powell, que já falou na segunda-feira.

Dados do ISM dos EUA em Foco

Embora os dados do mercado de trabalho dos EUA sejam a principal divulgação a ser observada esta semana, os participantes do mercado também devem prestar atenção aos indicadores do ISM. Se os números forem de acordo com a visão de Powell, após a decisão da semana passada de que a economia está em boa forma, o dólar americano pode encontrar suporte e até mesmo se valorizar, já que não haverá necessidade de tomar outras medidas expansionistas no futuro próximo.

No entanto, para o dólar americano se valorizar, os dados do mercado de trabalho divulgados na sexta-feira também precisam mostrar números melhores. Já mencionamos que o NFP está previsto para mostrar uma leve dinâmica e os números provavelmente estarão próximos das suas menores leituras desde 2019.

As previsões não apontam para relatórios que mudem o jogo. No entanto, no caso de impressões decentes do ISM e comentários menos “dovish” do que o esperado dos membros do FOMC nesta semana, isso pode apoiar o dólar americano.

Dados de Inflação da Zona do Euro em Foco

Outra série importante de dados macroeconômicos é esperada da Zona do Euro. Os dados mensais do IPC da Alemanha apresentaram uma dinâmica positiva, de -0,1% para 0,0%, enquanto os economistas esperavam que o índice de preços ao consumidor atingisse 0,1% em setembro.

No que diz respeito ao BCE, Lagarde e outros formuladores de políticas não demonstram intenção de fazer outro corte na próxima reunião de outubro. No entanto, os decepcionantes dados do PMI aumentaram as apostas em uma nova redução.

Atualmente, a probabilidade de um corte de 25 pontos base é esperada por 75% dos participantes do mercado. Segundo os últimos rumores, a decisão futura está totalmente em aberto. Os “doves” provavelmente votarão por um corte após os fracos PMIs, enquanto os “hawks” argumentarão por uma pausa para evitar um corte consecutivo. Há também uma solução de compromisso para cortar as taxas em dezembro, fazendo uma pausa em outubro. No entanto, isso não é garantido, pois os formuladores de políticas examinarão os próximos dados macroeconômicos primeiro.

O cenário base atual é de redução nas reuniões de outubro e dezembro. Dados fracos de inflação podem solidificar essa visão. O EUR/USD pode cair nesse caso e estender sua baixa se os dados dos EUA favorecerem uma pausa nos cortes de juros do Fed esse ano. Em relação às cotações, a tendência de baixa pode começar logo após o EUR/USD romper abaixo de 1,1000. Se confirmado pelos dados macroeconômicos, isso pode levar a uma tendência de queda significativa.