Os dados da inflação dos EUA acabam de ser divulgados, com o IPC anual ligeiramente abaixo da previsão (2,7% contra 2,8%) e os dados mensais de inflação dentro das expectativas. Com os preços sob controle, o Fed provavelmente reagirá aos últimos dados do mercado de trabalho, que foram revisados com uma leitura negativa e demonstraram a fraqueza desse setor econômico. Cerca de 90% dos participantes do mercado esperam que o Federal Reserve reduza as taxas em 25 pontos-base em setembro.

As negociações entre EUA e Rússia são outro fator importante a ser observado. Donald Trump se encontrará com Vladimir Putin no Alasca. Os resultados das negociações com certeza afetarão as flutuações de preço. Um possível cessar-fogo e outros acordos podem trazer otimismo para os mercados financeiros.

Por último, mas não menos importante, as negociações entre EUA e China foram prorrogadas automaticamente pelo presidente americano sem sequer chegar a um novo acordo. Houve alguns pontos cruciais nos quais ambos os lados não conseguiram chegar a um entendimento, mas as tarifas adicionais não foram impostas graças a Donald Trump.

EUR/USD: Par Pressionado Apesar dos Dados da Inflação dos EUA

O par de moedas está sob pressão devido aos fracos dados do índice de sentimento econômico ZEW. O acordo entre EUA e União Europeia, concluído em julho, contribuiu para a deterioração do sentimento econômico, principalmente nos setores farmacêutico e químico.

Por outro lado, as negociações entre os líderes dos EUA e da Rússia podem levar à diminuição das tensões, o que melhorará o sentimento do mercado e apoiará o apetite por risco. Além disso, a prorrogação automática do acordo entre EUA e China favorece os compradores de EUR/USD.

Do ponto de vista técnico, o par de moedas está sendo negociado próximo à SMA 50, demonstrando ausência de dominância e um equilíbrio entre compradores e vendedores. No lado positivo, os traders podem comprar o par em 1,1670, visando 1,1750 e 1,1800. No lado negativo, os traders podem entrar vendidos se o EUR/USD romper abaixo de 1,1600, visando 1,1540 a 1,1500.

GBP/USD: Libra Apoiada por Dados Trabalhistas do Reino Unido e pela Inflação dos EUA

De acordo com os últimos dados do ONS (Escritório Nacional de Estatísticas), a economia britânica criou 239.000 novos empregos no segundo trimestre do ano, número bem acima das previsões e que apoiou a moeda do Reino Unido. Em relação à taxa de desemprego, ela permaneceu em 4,7%, conforme esperado. A variação do número de pedidos de auxílio-desemprego caiu em 6.200, o que também foi um fator positivo para a libra esterlina.

Quanto ao dólar americano, ele perde força em meio a números mais fracos de inflação. Isso permite que o Fed dê suporte para a economia dos EUA reduzindo as taxas de juros em setembro, algo amplamente esperado pelos participantes do mercado financeiro.

O par de moedas saltou acima da SMA 50 no gráfico por hora, apoiado por fundamentos sólidos do Reino Unido. Posições compradas serão preferíveis acima de 1,3500, visando 1,3570 a 1,3600. No lado negativo, os vendedores podem entrar vendidos se o par romper abaixo de 1,3420, visando 1,3350 a 1,3330.

XAU/USD: Apetite por Risco Pressiona o Ouro

O ouro permanece sob pressão em meio ao aumento do apetite por risco. Esse movimento é estimulado pela prorrogação do acordo entre EUA e China, pelas próximas negociações entre EUA e Rússia e pelo sentimento positivo global do mercado. Em tempos de otimismo no mercado, o ouro tende a permanecer pressionado, o que é claramente visível atualmente no gráfico.

Do lado do dólar americano, o suporte ao XAU/USD pode vir caso os participantes do mercado esperem mais cortes de juros este ano, já que o corte previsto para setembro já está precificado. Nesta semana, virão mais alguns dados importantes dos EUA: primeiro, o IPP e, depois, as vendas no varejo, que fornecerão um quadro mais claro para o Fed. 

Do ponto de vista técnico, o ouro permanece abaixo da SMA 50, indicando uma clara dominância baixista. Posições vendidas serão preferíveis a partir de 3.340, visando 3.300 e 3.280. No lado positivo, os traders devem aguardar que o metal precioso ultrapasse a SMA 50 para encontrar pontos de entrada.

WTI: Preços do Petróleo Sob Pressão na Véspera da Reunião Entre Trump e Putin

O aumento da oferta da OPEP+ não é o único motivo para que os preços do petróleo estejam sob pressão. A próxima reunião no Alasca entre os presidentes dos EUA e da Rússia também é relevante. Se os dois conseguirem chegar a um acordo, as tensões diminuirão e mais petróleo chegará aos mercados. Além disso, a nova trégua com a China, que será discutida em 90 dias, excluirá o ponto sobre a compra de petróleo russo. 

Do ponto de vista técnico, o WTI está sendo negociado abaixo da SMA 50, evidenciando a dominância baixista. No entanto, o mercado apresenta baixa volatilidade, já que são esperados novos fatores impulsionadores. Os compradores podem entrar acima de 63,60, visando 65,70. No lado negativo, os vendedores podem entrar vendidos a partir de 62,30, visando 61,00.